Lesão do Ligamento Cruzado Anterior

A lesão do ligamento cruzado anterior (LCA) é uma das mais comuns e significativas que afetam o joelho, especialmente entre atletas e indivíduos fisicamente ativos. O LCA é um dos quatro principais ligamentos do joelho, fundamental para a estabilidade da articulação. Ele conecta a parte posterior do fêmur à parte anterior da tíbia, evitando o […]

A lesão do ligamento cruzado anterior (LCA) é uma das mais comuns e significativas que afetam o joelho, especialmente entre atletas e indivíduos fisicamente ativos. O LCA é um dos quatro principais ligamentos do joelho, fundamental para a estabilidade da articulação. Ele conecta a parte posterior do fêmur à parte anterior da tíbia, evitando o movimento excessivo anterior da tíbia em relação ao fêmur.

A lesão do LCA ocorre frequentemente durante atividades que envolvem mudanças súbitas de direção, desaceleração rápida, saltos ou aterrissagens inadequadas. Esportes como futebol, basquete, esqui e ginástica são particularmente associados a um risco elevado. 

Essa lesão pode variar de uma distensão leve a uma ruptura completa do ligamento. Os sintomas típicos incluem uma sensação de estalo no momento da lesão, dor intensa, inchaço imediato e instabilidade do joelho, que pode dar a sensação de que a articulação vai “desabar”.

Como diagnosticar a lesão do LCA?

O diagnóstico da lesão do ligamento cruzado anterior (LCA) começa com uma avaliação clínica detalhada. O ortopedista busca compreender os sintomas apresentados e faz exames físicos específicos para avaliar a estabilidade do joelho. Entre os testes clínicos mais comuns estão o teste de Lachman, o teste do pivô shift e o teste da gaveta anterior.

Para confirmar o diagnóstico e avaliar a extensão da lesão, exames de imagem são essenciais. A ressonância magnética (RM) é o padrão-ouro para a visualização das estruturas do joelho, pois permite uma avaliação detalhada dos ligamentos, meniscos e outras estruturas intra-articulares. Radiografias podem ser solicitadas para descartar fraturas associadas.

Qual o tratamento para a lesão do ligamento cruzado anterior?

O tratamento da lesão do LCA pode ser conservador ou cirúrgico, dependendo de diversos fatores, incluindo a idade do paciente, nível de atividade física, grau de instabilidade do joelho e presença de outras lesões associadas.

Para pacientes que não praticam esportes de alto impacto ou que apresentam baixos níveis de instabilidade, o tratamento conservador pode ser uma opção viável. Isso inclui fisioterapia para fortalecer os músculos ao redor do joelho, particularmente o quadríceps e os isquiotibiais, e melhorar a propriocepção, sendo a capacidade em reconhecer a localização espacial do corpo, sua posição e orientação, a força exercida pelos músculos e a posição de cada parte do corpo em relação às demais, sem utilizar a visão. O uso de órteses também pode ser recomendado para fornecer suporte adicional durante as atividades diárias.

Já a cirurgia para a reconstrução do LCA é indicada para pacientes jovens, atletas ou aqueles que apresentam instabilidade significativa do joelho. A cirurgia envolve geralmente a substituição do ligamento rompido por um enxerto, que pode ser autólogo (do próprio paciente) ou alogênico (de um doador). Os enxertos autólogos mais comuns são o tendão patelar e o tendão dos isquiotibiais. A técnica cirúrgica pode variar, mas o objetivo é restaurar a estabilidade e a função normal do joelho.

Como é a reabilitação da lesão do ligamento cruzado anterior?

A reabilitação após a lesão do ligamento cruzado anterior (LCA), seja tratada de forma conservadora ou cirúrgica, é fundamental para a recuperação completa e retorno às atividades normais. A fisioterapia é central nesse processo e é dividida em fases progressivas.

Nos primeiros dias após a cirurgia, o foco está em controlar a dor e o inchaço, bem como recuperar a amplitude de movimento do joelho. Os exercícios são leves, de mobilidade e a pessoa precisa utilizar muletas para evitar a carga total no membro afetado.

Após a redução do inchaço e dor, a fisioterapia se concentra na recuperação da força muscular, especialmente dos músculos que suportam o joelho. Exercícios de fortalecimento do quadríceps, isquiotibiais e panturrilhas são introduzidos gradualmente. A amplitude de movimento completa do joelho deve ser restabelecida durante esta fase.

À medida que a força e a mobilidade melhoram, o treinamento funcional se torna o foco principal. Isso inclui exercícios de equilíbrio, propriocepção e atividades específicas para o esporte ou atividade do paciente. O objetivo é preparar o joelho para suportar as exigências funcionais do dia a dia ou do esporte.

A última fase da reabilitação é dedicada ao retorno seguro às atividades esportivas. Esta fase inclui exercícios avançados de agilidade, saltos e mudanças de direção, simulando as condições do esporte. O retorno completo ao esporte só é permitido quando o paciente demonstra controle adequado, força e estabilidade do joelho, além de confiança na articulação.

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