A lesão meniscal é uma condição comum que afeta o joelho, acometendo os meniscos, estruturas de cartilagem em forma de “C” localizadas entre o fêmur e a tíbia. Existem dois meniscos em cada joelho: o menisco medial (interno) e o menisco lateral (externo). São componentes essenciais para a absorção de choque, estabilidade e distribuição de carga no joelho. 

As lesões meniscais costumam ocorrer devido a um trauma agudo, como uma torção súbita do joelho, ou por desgaste gradual ao longo do tempo, especialmente em pessoas mais velhas.

Diagnóstico da lesão meniscal

O diagnóstico de uma lesão meniscal começa com uma história clínica detalhada e um exame físico realizado por um ortopedista. Durante a anamnese, o paciente é questionado sobre o início, a localização e a natureza da dor, além de quaisquer eventos traumáticos recentes ou atividades que possam ter contribuído para a lesão.

Durante o exame físico, o médico pode realizar uma série de testes específicos para avaliar a integridade dos meniscos, como o teste de McMurray e o teste de Apley. Esses testes envolvem manobras específicas para provocar dor ou cliques no joelho, sugerindo uma possível lesão meniscal.

Além do exame físico, exames de imagem são frequentemente utilizados para confirmar o diagnóstico. A ressonância magnética (RM) é o método de imagem preferido, ao oferecer uma visualização detalhada das estruturas internas do joelho, permitindo a identificação precisa da lesão meniscal. Em alguns casos, a artroscopia, um procedimento minimamente invasivo que permite a visualização direta do interior do joelho, pode ser utilizada tanto para diagnóstico quanto para tratamento.

Tratamento da lesão meniscal

O tratamento para uma lesão meniscal depende de vários fatores, incluindo a localização e o tipo da lesão, a idade do paciente, o nível de atividade e a presença de outras lesões no joelho.

Para lesões menores ou degenerativas o tratamento pode ser conservador e costuma incluir repouso, aplicação de gelo na área afetada para reduzir o inchaço, fazer compressão com bandagem elástica, elevar o joelho para diminuir a circulação e, consequentemente, o inchaço, uso de analgésicos e anti-inflamatórios não esteroides (AINEs) e fisioterapia para fortalecer os músculos ao redor do joelho e melhorar a amplitude de movimento.

Se o tratamento conservador não for eficaz ou se a lesão for grave, a cirurgia pode ser necessária. As opções mais comuns são a Meniscectomia Parcial, removendo parte danificada do menisco, a Reparação Meniscal, suturando a área lesionada do menisco para permitir a cicatrização, comum em lesões na zona vascularizada do menisco, onde a cicatrização é mais provável, ou, em casos mais raros, o Transplante de Menisco.

Reabilitação pós-cirúrgica

A reabilitação após uma cirurgia de lesão meniscal busca a recuperação completa e a prevenção de futuras lesões. Nas primeiras semanas, o foco é reduzir o inchaço e a dor, além de recuperar a amplitude de movimento do joelho. O uso de muletas pode ser necessário para evitar a carga total sobre o joelho.

Exercícios para fortalecer os músculos ao redor do joelho são incluídos gradualmente, particularmente o quadríceps e os músculos isquiotibiais. A fisioterapia pode incluir exercícios de resistência, alongamentos e exercícios de equilíbrio.

Na fase avançada da fisioterapia, a ênfase é colocada no retorno gradual às atividades diárias e esportivas. Exercícios mais intensos, como agachamentos, saltos e corrida, são introduzidos para preparar o joelho para o estresse diário.

Para atletas, um programa específico de reabilitação é necessário para garantir que o joelho esteja forte e estável o suficiente para suportar o nível de atividade esportiva.

Para prevenir lesões meniscais, é importante manter um bom condicionamento físico, incluindo o fortalecimento dos músculos ao redor do joelho, praticar alongamentos regulares, utilizar técnicas adequadas ao realizar atividades físicas e esportivas e usar calçados apropriados para a atividade praticada. Evitar movimentos bruscos e torções excessivas do joelho também pode reduzir o risco de lesões.

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Além do tratamento, o Vita dispõe de um time de especialistas em ortopedia em São Paulo para auxiliar na prevenção de lesões, em que há orientação de como realizar suas atividades da melhor forma, evitando danos ou traumas que podem acometer os músculos, articulações, ossos e ligamentos.