O pé reumatóide é uma condição debilitante que afeta muitas pessoas diagnosticadas com artrite reumatóide. Nos pés, essa inflamação persistente pode levar à deterioração das cartilagens e dos ossos, causando deformidades como joanetes, dedos em garra e perda do arco natural do pé. Essas alterações podem tornar o caminhar doloroso e limitante, dificultando o uso de calçados e atividades diárias.

O que causa o pé reumatóide?

O pé reumatóide resulta da inflamação causada pela artrite reumatóide. Essa resposta autoimune faz com que o corpo ataque as próprias articulações, e o processo inflamatório destrói gradualmente as estruturas internas. Fatores genéticos, hormonais e ambientais estão entre as causas da doença, e situações de estresse físico ou emocional podem agravar a inflamação.

Sintomas

Os sintomas são variados e costumam seguir um padrão progressivo. Inicialmente, pode-se observar dor e edema nas articulações afetadas. À medida que a condição avança, ocorre deformidade, como dedos em garras ou o deslocamento lateral dos dedos. Além disso, a progressão da condição torna a mobilidade cada vez mais limitada, prejudicando a rotina do paciente. 

Diagnóstico e tratamento

Inicialmente, para fazer o diagnóstico do pé reumatóide, é realizada uma avaliação clínica por um especialista. Neste caso, para investigar o grau de deformidade e inflamação nas articulações o médico pode solicitar exames de imagem, como raio-x e ressonância magnética (RM). Além disso, o exame de sangue também é indicado, usado para identificar marcadores típicos da artrite reumatóide, como o fator reumatóide e anti-CCP.

Uma vez que o diagnóstico foi realizado, o tratamento do pé reumatóide visa reduzir a inflamação e aliviar a dor, podendo incluir opções conservadoras ou cirúrgicas. Inicialmente, medicamentos anti-inflamatórios e moduladores da resposta imune são frequentemente prescritos para controlar a evolução da doença. Além disso, a fisioterapia e palmilhas ortopédicas também são recomendadas. 

Contudo, quando essas medidas falham, a cirurgia pode ser indicada, especialmente em casos de dor intensa e deformidades significativas. Nos casos em que as articulações do tornozelo são comprometidas, os procedimentos cirúrgicos realizados podem incluir artroplastia total do tornozelo ou artrodese.

Reabilitação pós-operatória

Após a cirurgia, inicia-se o processo de reabilitação, que é indispensável para restabelecer a função normal dos pés e minimizar complicações. Esse processo é conduzido por fisioterapeutas especializados, focando na recuperação da amplitude de movimento e fortalecimento dos músculos do pé e tornozelo. 

Normalmente, os programas de reabilitação são personalizados de acordo com o procedimento cirúrgico realizado e a resposta do paciente à intervenção. Portanto, para assegurar uma recuperação eficaz e segura, é indispensável o acompanhamento médico regular para ajustar o tratamento conforme as necessidades. 

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