Arthur Nory passa por reabilitação esportiva para tratar lesão no ombro

O atleta, que já passou por cirurgia, ficou seis semanas imobilizado e já voltou aos treinos.

Estima-se que de 8% a 13% das lesões no ombro são causadas por alguma atividade esportiva. O medalhista olímpico Arthur Nory sofreu, recentemente, com a chamada lesão do tendão supra espinhal do ombro direito. Essa lesão pode ser ocasionada por movimentos acima da cabeça que diminuem o espaço dentro da articulação e geram estresse no tendão, chamado de supra espinhoso.

“Esse tendão faz parte do manguito rotador, um conjunto de quatro músculos que mantem a estabilidade articular e funcional do ombro. A condição ocorre através do excesso de uso e/ou sobrecarga do tendão, inclusive, com sequência de reações inflamatórias, que, se não tratadas, por conta do desgaste, pode causar a ruptura do tendão”, explica a fisioterapeuta do Instituto Vita, Caroline Ripoli.

Segundo ela, no caso do ginasta, exercícios com argolas, barras paralelas, cavalo com alças e barra fixa demandam um grande esforço muscular e articular dos membros superiores, por isso, atletas de alto desempenho, como Nory, estão expostos a lesões por sobrecarga, fadiga e impacto. Como se sabe, a Ginástica Artística exige do atleta um controle muscular constante, além da força para realizar movimentos onde a carga é o próprio peso do corpo, com exercícios de impacto que requerem movimentos repetitivos de inclinação e rotação sobre as articulações.

“O atleta passou por uma cirurgia chamada de reparação do manguito rotador, realizada por meio de uma técnica cirúrgica chamada artroscopia – pequenas incisões que, com o auxílio de uma câmera, realiza a recolocação e a fixação do tendão lesionado. O Nory precisou ficar seis semanas imobilizado com uma tipoia, mas agora está de volta ao ginásio para reiniciar gradualmente os treinos de sua modalidade esportiva”, esclarece Dr. Breno Schor, especialista em ombro do Instituto Vita que tratou o ginasta.

No período pós-cirúrgico, a fisioterapia tem um papel essencial na recuperação da lesão, tratando dores, edemas, inflamações, diminuição da mobilidade e perda do volume muscular.

“A especialidade atua rapidamente na restauração do movimento articular do ombro, estimulando a força muscular do membro superior por completo, além de preparar a articulação para o retorno gradual e seguro às atividades esportivas”, afirma Caroline, que também cuida da reabilitação do atleta.

Ao final do tratamento, o paciente é acompanhado por meio de um programa preventivo, cujo objetivo é equilibrar os esforços físicos, impedindo novas lesões.