Sempre que sentir uma dor articular, muscular ou nos tendões, que não melhora após 1 a 3 dias de repouso e / ou piora ao realizar um certo exercício, é importante procurar a avaliação de um ortopedista.

Dor em alguma articulação (ombros, cotovelos, punhos, mãos, joelhos, tornozelos e pés), dor nos tendões e nos músculos seja após um acidente, um trauma ou a realização de exercícios ou movimentos repetitivos.

O ortopedista pode ajudar a tratar problemas nos ossos prevenindo doenças deste órgão, seja por meio de diagnóstico clínico e/ou por exames. Pode ajudar tratando fraturas agudas e suas sequelas, além de realizar avaliação clínica e diagnóstica de lesões musculares e articulares, propondo um tratamento direcionado e eficaz para determinada doença, seja por meio de terapias conservadoras (fisioterapia, terapia por ondas de choque, osteopatia, pilates, infiltrações articulares) até tratamentos cirúrgicos, de acordo com o que será melhor para o paciente.

Radiografias, ultrassonografias, ressonâncias magnéticas, densitometria óssea e testes biomecânicos (biomecânica da corrida, biomecânica no pedal e teste de comparação de força e mobilidade de membros inferiores e superiores) são os exames mais solicitados na rotina do consultório de ortopedia.

As terapias conservadoras são as terapias que não envolvem cirurgias e podem ser feitas no consultório e na clínica, incluindo: fisioterapia, terapia por ondas de choque, osteopatia, pilates e infiltrações articulares (onde colocamos remédio através de uma agulha dentro da estrutura lesionada, guiados ou não por um aparelho de ultrassonografia), sendo a consulta ortopédica determinante para a escolha da terapia mais apropriada para cada paciente.

De maneira geral, em algumas fraturas, rupturas completas de tendão e ligamentos, além de em momentos em que o tratamento conservador não foi suficiente para alcançar a melhora de um desgaste articular crônico (artrose), podemos lançar mão das cirurgias. Em sua grande maioria elas podem ser programadas. Salvo algumas fraturas e deslocamentos articulares, que devem ser resolvidas o mais rápido possível, podemos preparar o paciente com bastante cautela, solicitando exames pré-operatórios, conversando com um médico anestesista para que os riscos cirúrgicos sejam reduzidos ao máximo, garantindo a tranquilidade e segurança do paciente e da equipe médica.

O ortopedista não oferece serviços de reabilitação, ele indica e os prescreve, ficando a cargo dos fisioterapeutas a reabilitação do paciente.

A prática de exercícios diário, com modalidades diversas como mobilidade (alongamentos), aeróbicos e fortalecimento são a chave para a manutenção de um sistema osteoarticular saudável. Procurar ajuda do ortopedista para avaliar se há algum exercício que possa por sua saúde em risco e monitorizar a saúde óssea, além de contar com o auxílio de um educador físico para orientação dos treinos pode ser muito positivo nesse sentido.

Quando contamos com o médico ortopedista para o tratamento de uma lesão esportiva, além de termos a segurança de qual tratamento seguir (cirúrgico ou não cirúrgico), ainda temos ao nosso lado um aliado para determinar o que fazer em cada fase da lesão, passando desde o tratamento fisioterápico inicial, pela preparação física chegando até o retorno ao esporte com toda a segurança para evitar uma relesão.

Sim, hoje existem tratamentos para doenças crônicas diversificados, desde fisioterapia com diversas modalidades até tratamentos chamados ortobiológicos, onde substâncias biológicas como ácido hialurônico e estímulos biológicos como as terapias por ondas de choque podem ser bons auxiliares no alívio das dores crônicas.

De maneira geral, seguir todas as orientações médicas e se dedicar ao programa de reabilitação (fisioterapia/preparação física), pois esse período pós-operatório é tão importante para o resultado da cirurgia quanto o próprio ato cirúrgico.

O ortopedista irá escutar sua queixa, seja ela em relação às articulações, músculos ou tendões, realizará o exame físico e chegará a uma hipótese diagnóstica. A partir daí ele poderá ou não solicitar exames complementares e junto com o paciente propor e escolher a melhor opção de tratamento para aquele caso. É importante falar ao ortopedista quais medicações em uso atualmente, doenças que possui, restrições a medicações e/ou exames e histórico de lesões referentes àquela região do corpo que está passando para ser avaliada.

Sempre escolha um ortopedista credenciado a Sociedade Brasileira do Ortopedia e Traumatologia (SBOT). Este profissional terá um número de título de especialista em Ortopedia e Traumatologia (TEOT), que assegura que ele foi avaliado e aprovado pelos melhores serviços de ortopedia do Brasil, por meio de uma prova teórica e prática. O mesmo se aplica às subespecialidades, como exemplo, se tiver um trauma esportivo, procure um especialista em artroscopia e traumatologia esportiva. (Membro da SBRATE).

Os pacientes ortopédicos idosos, devem em primeiro lugar, manter um treino de força muscular voltado para suas atividades diárias, afim de evitar quedas e fraturas por insuficiência dos ossos (Osteoporose). Devem passar por avaliação preventiva ortopédica, onde os níveis de cálcio, vitamina D e a densidade óssea podem ser avaliados e se necessário tratados, combatendo doenças dos ossos (novamente, a osteoporose). Outras medidas básicas incluem: cuidado com uso de tapetes em casa, uso de bengala para andar em terrenos irregulares, uso de calçados confortáveis e adequados, banheiros com apoio para sentar, levantar e tomar banho, entre outros.

O ortopedista não só pode como faz parte da sua rotina de atendimento oferecer orientações sobre o estilo de vida do paciente e atividades que promovam a saúde musculoesquelética. Isso porque a saúde musculoesquelética e osteoarticular está diretamente ligada aos exercícios que realizamos e aos cuidados que temos com nosso estilo de vida. Ao estar dentro do peso, não fumar, praticar exercícios diariamente, não consumir quantidades altas de álcool e açúcar, mantemos nossos ossos, músculos e tendões saudáveis, ajudando diretamente na remissão dos sintomas ortopédicos e dando manutenção para um sistema musculoesquelético saudável e assintomático a longo prazo.