Com os avanços tecnológicos, os procedimentos cirúrgicos têm evoluído e, atualmente, muitos deles, em diferentes especialidades, como na ortopedia, podem ser realizados de maneira minimamente invasiva.  

O que é uma cirurgia minimamente invasiva e quando é indicada? 

A cirurgia minimamente invasiva é aquela em que são feitas incisões (cortes) mínimas na pele – entre 3 e 10 mm. Este tipo de procedimento pode ser realizado em qualquer pessoa, desde que ela receba uma indicação de cirurgia.  

Trata-se de uma opção menos arriscada e menos invasiva em relação à cirurgia tradicional, aberta. Embora existam vantagens, os objetivos deste procedimento devem ser os mesmos de uma cirurgia convencional.  

Benefícios da cirurgia minimamente invasiva 

Algumas das vantagens de um procedimento cirúrgico minimamente invasivo são: 

• Recuperação mais rápida após a cirurgia; 
• Menor tempo de internação hospitalar; 
• Pode ser realizada em regime de ambulatório, com o paciente recebendo alta poucas horas após a cirurgia (dependendo do procedimento realizado e das condições clínicas do paciente);  
• Quantidade menor de anestesia; 
• Menos dor no pós-operatório;  

• Menor dano aos tecidos; 
• Redução da perda de sangue durante a cirurgia; 
• Redução do risco de infecção; 
• Retorno mais rápido às atividades; 
• Melhor estética da cirurgia operatória.  

Como a cirurgia é realizada 

As cirurgias minimamente invasivas são feitas com aparelhos e instrumentos especiais que permitem a sua realização com total segurança. Por meio das pequenas incisões feitas na pele, o cirurgião insere equipamentos como microcâmeras, fibras óticas e monitores, que o auxiliarão durante toda a cirurgia.  

A microcâmera e o monitor de vídeo proporcionam ao cirurgião uma visão ampliada do local a ser operado sem que seja necessário palpar as estruturas, garantindo menos danos aos tecidos. 

Ao final do procedimento, normalmente é feita a sutura da incisão (um ou dois pontos) e sobre ela é colocado um curativo esterilizado. 

Porém, mesmo sendo menos invasivas, esse tipo de cirurgia é realizado em centro cirúrgico com anestesia.  

Cirurgia minimamente invasiva na ortopedia 

Entre as especialidades em que esse tipo de cirurgia é realizado, esta a ortopedia. Saiba para quais condições ela é indicada. 

Cirurgia minimamente invasiva de pé e tornozelo 

Pode ser realizada em qualquer indivíduo que receba indicação cirúrgica para tratar condições como joanetes, deformidades nos pés, artroses, correções ligamentares e traumas nos tornozelos.  

Após a alta hospitalar, o paciente pode sair caminhando sobre o pé operado, utilizando enfaixamento apropriado e um calçado pós-cirúrgico adequado. Durante quatro a seis semanas, são realizados curativos com enfaixamentos semanais no consultório. As faixas devem ser trocadas em caso de afrouxamento ou contato com água. O paciente também deve usar as medicações prescritas pelo médico.  

Cirurgia minimamente invasiva de coluna  

Pacientes que sofrem de dor crônica nas costas (região lombar) ou no pescoço (região cervical), dores essas muitas vezes incapacitantes e que o impedem de realizar suas tarefas no dia a dia, e que não responderam ao tratamento convencional – com uso de medicamentos e fisioterapia – podem receber indicação de cirurgia de coluna. 

Condições como hérnia de disco, estenose do canal, lombalgia, cervicalgia e escoliose degenerativa são alguns exemplos de patologias que podem ser tratadas com esse tipo de cirurgia. 

O tempo de internação varia de paciente para paciente, mas, em geral, é de um a dois dias. Nos dias seguintes à cirurgia, o paciente pode sentir dor e desconforto, que podem ser controlados com medicamentos prescritos pelo médico.  

É recomendado que o paciente permaneça em repouso e afastado do trabalho por uma ou duas semanas, dependendo do problema tratado. Depois desse período, o médico pode recomendar sessões de fisioterapia para reabilitação que ajudarão a fortalecer a musculatura.  

Cirurgia minimamente invasiva de mão e punho  

  
Indicada para os casos de fraturas; lesões nervosas, tendíneas e ligamentares; cistos; artrose e tendinites.  

Após a cirurgia, o local é imobilizado a fim de limitar a movimentação e promover uma recuperação mais rápida e segura. Após a alta, é recomendado que o paciente mantenha o curativo seco e faça um repouso relativo, conforme orientado pelo médico. 

Dependendo do caso, o cirurgião pode recomendar que o paciente faça algumas sessões de fisioterapia para contribuir na recuperação e também para diminuir a rigidez da região. Nesses casos, a tala que foi colocada para imobilizar a mão do paciente será retirada e substituída por uma removível, o que ajudará na prática dos exercícios.   

Os profissionais habilitados para a realização destes procedimentos são ortopedistas especialistas na área a ser abordada, com treinamento específico para técnicas cirúrgicas minimamente invasivas. 

Geralmente, são técnicas mais complexas de serem realizadas e exigem do profissional um treinamento extenso. No Vita, nossos ortopedistas possuem ampla experiência e capacitação contínua para que possam realizar cirurgias minimamente invasivas com total segurança, proporcionando uma recuperação mais rápida e com menos intercorrências.