Exame 3D identifica desequilíbrios físicos no corredor

Há um grupo que não para de aumentar no Brasil: o de corredores. Fugir do sedentarismo, melhorar o condicionamento físico e emagrecer são alguns dos motivos que levam um número cada vez maior de pessoas a buscar a corrida como atividade física. No entanto, é preciso ficar atento a possibilidade do surgimento de lesões músculo-esqueléticas com a prática da atividade.

“Esse tipo de lesão pode ocasionar dores e incapacidades físicas, impedindo a prática do esporte e afetando também a qualidade de vida do corredor. Com a avaliação tridimensional completa da corrida, por exemplo, é possível identificar desequilíbrios físicos que possam favorecer o desenvolvimento dessas lesões”, conta Andreia Miana, fisioterapeuta do Instituto Vita.

Segundo ela, a análise é feita através de equipamentos de alta tecnologia (com câmeras infravermelho, câmeras de vídeo de alta velocidade, podoscópio, esteira ergométrica, dinamômetro manual e sistema de análise de baropodometria) que permitem um exame completo do movimento e da força muscular do corredor. Por isso, a avaliação é um recurso essencial para quem quer correr de maneira saudável e segura.

“O teste identifica, por exemplo, se o corredor faz movimentos excessivos de rotação com os quadris e joelhos durante a corrida e/ou se ele faz um movimento muito acentuado da pelve. É possível observar, ainda, se pessoa corre com os tornozelos muito voltados para dentro e se possui uma pressão muito intensa na planta dos pés. A finalidade do exame é detectar diversas condições biomecânicas da corrida do indivíduo que o predisponha à ocorrência de lesões e, mesmo, relacioná-las com eventuais dores relatadas pela pessoa avaliada. Desse modo, a avaliação consegue auxiliar na estruturação de um programa preventivo, sempre com o objetivo de manter o corredor ativo e saudável”, esclarece Andreia.

Ela ainda ressalta que esse tipo de avaliação consegue prevenir sérios distúrbios físicos, “algumas patologias como a Síndrome da Dor Fêmoropatelar e a Síndrome da Banda Iliotibial, que podem estar relacionadas a dores no joelho e no quadril, e condições como Fascite plantar e Canelite, muito associadas a desconfortos nos pés e na pernas, podem ser evitadas quando os desequilíbrios nos movimentos são detectados e tratados adequadamente. A avaliação pode prevenir, em longo prazo, não só dores intensas e, em alguns casos, até mesmo incapacitantes, como também tratamentos de longa duração”, conclui a fisioterapeuta.