Nova abordagem para prevenir lesões revoluciona a medicina esportiva
Laboratório especializado em movimento humano traz segurança e tecnologia à prática de atividades esportivas.
Com o aumento de adeptos da atividade física, possuir um amparo individual, tecnológico e seguro pode ser essencial para quem se exercita. O Laboratório de Performance do Movimento (LPM), do Instituto Vita, atua justamente nisso. Ele conta com uma equipe multiprofissional especializada (ortopedistas, fisioterapeutas e preparadores físicos) que realiza análises profundas e detalhadas de cada esportista.
“O LPM foi inicialmente utilizado como parâmetro somente para atletas profissionais e competitivos, mas ao longo de 10 anos de trabalho, conseguimos atender também o público que pratica atividades físicas ou que pretende dar início a elas. Um dos objetivos do laboratório é ajudar o profissional da saúde a diagnosticar, por exemplo, desequilíbrios musculares que podem ocasionar lesões. Muitas vezes, essas instabilidades no músculo não podem ser detectadas nos exames físicos realizados nos
consultórios convencionais”, explica Dr. Alexandre Bitar especialista em ombro e joelho – ortopedista do Instituto Vita.
O laboratório, localizado na unidade do Instituto no estádio Morumbi, possui um ambiente confortável e bem equipado, possibilitando que os esportistas sejam avaliados através de câmeras de vídeo de alta velocidade, softwares com visão 3D, plataforma de força, sistema especial para análise do movimento tridimensional do paciente e outras ferramentas como ergômetros.
“É importante frisar que o LPM não é voltado para o tratamento de doenças: ele é um laboratório que tem como foco a saúde, avaliando com ferramentas precisas e sofisticadas a performance do movimento dos esportistas, a fim de dar a eles uma vida fisicamente ativa, saudável e segura”, comenta o ortopedista.
Segundo ele, com os recursos tecnológicos, os especialistas não só conseguem mapear as estruturas corporais da pessoa, mas também avaliar seu desenvolvimento físico, proporcionando um melhor programa de treinamento.
“Quem procura o laboratório quer dar início aos seus exercícios físicos ou já se exercita e quer melhorar seu desempenho, além de prevenir lesões. Desta forma, o encaminhamento para o LPM ocorre por um profissional da área da saúde que queira suporte para o diagnóstico ou pelo agendamento da própria pessoa que queira realizar qualquer avaliação”, informa Andreia Miana, fisioterapeuta do Instituto Vita.
Uma das principais análises realizadas no LPM mostra, durante a corrida ou marcha da pessoa na esteira ergométrica, os movimentos da coluna, da pelve, dos quadris, dos joelhos, dos tornozelos e da pisada. O exercício é monitorado através de marcadores que são acoplados ao corpo do corredor e que permitem uma coleta 3D computadorizada de todo o movimento realizado por ele. São utilizadas também câmeras de vídeo de alta velocidade e infravermelho, além do Podoscópio, que permite ver a planta dos pés.
O objetivo dessa avaliação é detectar possíveis desequilíbrios que possam estar relacionados a lesões importantes. “A finalidade do teste é localizar as oscilações na mobilidade, observando exclusivamente o movimento do corredor. Por exemplo, se o praticante de atividade física corre com os joelhos e/ou pés muito ‘para dentro’ ou realiza um movimento muito acentuado da pelve, o exame identifica essas oscilações e pontua onde nós precisamos tratar”, explica a fisioterapeuta. Além disso, são realizadas avaliações de força e flexibilidade em membros inferiores como pernas, pés e coxas.
Um outro teste importante realizado pelo laboratório é a Análise Postural e Avaliação do Core, que pode ser uma aliada interessante na hora de se exercitar. São utilizados no exame softwares precisos, câmera fotográfica de alta definição, cronômetro e flexímetro, que permitem medir a flexibilidade e a amplitude dos movimentos. “O método consiste em verificar e quantificar os desvios posturais do paciente, assim como analisar a coluna e também o nível de força e estabilidade muscular do quadril, lombar e pelve (Core)”, completa Andreia.