Metabolismo significa o conjunto de reações e transformações que ocorrem nas nossas células para que nosso corpo funcione. Quando falamos em doenças osteometabólicas, estamos nos referindo a um conjunto de transtornos do metabolismo dos ossos que provoca perda da massa óssea, causando fragilidade nos ossos e aumentando a incidência de fraturas.

Essas doenças devem ser acompanhadas por um especialista em ortopedia osteometabólica, que estuda, avalia, diagnostica e trata doenças que prejudicam a função dos ossos, cartilagens, músculos, articulações, tendões e ligamentos, muitas delas relacionadas ao envelhecimento.

O osso é um órgão com diversas funções. Assim como ocorre com qualquer órgão, quando alguma delas está alterada, podem surgir doenças, sendo a osteoporose a mais frequente.

A osteoporose leva ao aumento da fragilidade do tecido ósseo, fazendo com que ocorram fraturas que, em condições normais, não ocorreriam.

Fraturas causam dor, perda da função, comprometimento da mobilidade, da independência e até a morte, seja em decorrência das complicações que dela se seguem, como embolia, trombose, quanto da circunstância de imobilidade, como feridas na pele, pneumonia, fraqueza muscular, ou, ainda, do tratamento cirúrgico, que por vezes se faz necessário.

As fraturas na coluna, fêmur, punho e ombro são as mais comuns em quem tem osteoporose.

Quais as causas e como tratar a osteoporose

Situações clínicas frequentes podem levar à osteoporose, como a menopausa, diabetes, sedentarismo, deficiências alimentares (baixo consumo de cálcio e proteínas, veganismo, cirurgia bariátrica), uso de medicações (corticoides, anticonvulsivantes), alcoolismo, doenças da tireoide, dos rins, câncer, entre outras.

Para o tratamento adequado é necessária uma avaliação detalhada, que investigue toda e qualquer condição que coloque os ossos em risco de se tornarem frágeis, que leve fraqueza e perda de massa muscular e que cause dores nas articulações e lesões nas estruturas que o compõem.

Durante as consultas, são feitos testes e exames clínicos, além dos exames complementares de sangue, urina e de imagem, de acordo com o caso.

As intervenções são feitas após todo esse estudo e abrangem adequações na dieta, prescrição de suplementos, exercícios, medicações, fisioterapia, tratamentos de dor etc.

Os melhores resultados são obtidos quando a doença é tratada no início ou, melhor ainda, quando é evitada, com medidas preventivas. Fazemos isso tendo o devido respeito à nossa saúde todos os dias, mantendo hábitos favoráveis ao funcionamento do corpo.

As intervenções devem ser aplicadas de forma completa e contínua, por um profissional que entenda que o organismo é um só e que todos os sistemas funcionam conjuntamente, de maneira interligada e que sofrem influência direta do contexto (costumes, experiências pessoais, ambiente, crenças). Isso torna cada pessoa única e especial.

Para quem a ortopedia osteometabólica é indicada?

– Pacientes que procuram tratamento após receber um diagnóstico no exame de osteopenia, osteoporose;

– Pacientes que tiveram fraturas e o médico que os tratou orientou procurar tratamento devido à fragilidade dos ossos;

– Encaminhamentos de médicos para tratamento de osteoporose, osteopenia com ou sem fratura;

– Pacientes que procuram espontaneamente o especialista ou que o médico orientou que precisam fazer fortalecimento muscular ou ganho de massa muscular;

– Pacientes com dores e diagnóstico de artrose (desgaste da articulação);

– Pessoas com histórico na família de osteoporose (abordagem preventiva);

– Pessoa que procuram o envelhecimento saudável, que querem manter boa condição física;

– Pessoas que querem fazer um check-up ou avaliação para saber se precisam de vitaminas, cálcio ou suplementos;

– Pessoas que desejam iniciar ou reiniciar uma atividade, mas querem saber se podem ou se têm alguma restrição;

– Pessoas com problemas ortopédicos que desejam fazer alguma atividade e desejam orientações.

Cibele Marino